sábado, outubro 22, 2005

Mutantes número cinco


A quinta emissão parte dos Estados Unidos, passa pelo Brasil, sobrevoa toda a região magrebina, entra nos seus mercados, nas suas vielas e aterra em pleno paraíso tropical. Easy listening, drum'n'bass, dub, electrónica, world. Um mundo de sentidos. Uma edição a não perder!

sexta-feira, outubro 21, 2005


Regresso à Casa do Amor

"We had the world, we had it all in the palm of our hands", ouve-se em "Maybe You Know" – um tema destinado a exorcizar pesadelos. Canção-chave de uma das mais aguardadas reuniões de sempre da música pop.

A revista Mojo considera-os o maior esquecimento das bandas da segunda metade da década de oitenta. Exagero? Talvez não seja para muitos trintões que gastaram as agulhas do prato rodando, vezes sem conta, "Christine", "Destroy the Heart" ou "Shine On". Falo-vos dos britânicos The House of Love.

Guy Chadwick fez as pazes com Terry Bickers. "Days Run Away" foi editado a 28 de Fevereiro. É o novo álbum de um projecto que deixou saudades, na segunda metade dos anos oitenta, naquele espaço de tempo entre o fim dos The Smiths e o nascimento dos The Stone Roses. Nessa altura, a dupla Chadwick (voz e guitarra) e Bickers (guitarra) causava furor, coadjuvada por Andrea Heukamp (voz e guitarra) que deixaria a banda pouco depois do arranque em 1986, Pete Evans (bateria) – que está de volta, e Chris Groothuizen (baixo).

Com os singles "Shine On" (Maio) e "Real Animal" (Setembro de 87), davam os primeiros passos na mítica Creation Records. Em 1988, o agora quarteto, devido à saída de Andrea, editava o primeiro disco com "Christine" à cabeça. Um ano depois, Chadwick e companhia mudam-se para a Fontana, lançando "Never" e "I Don’t Know Why I Love You". No final desse mesmo ano, Bickers deixa o grupo, muito por culpa da ambição desmedida de Chadwick. O segundo álbum nasce na sequência desse amargo episódio. E com ele o êxito de "Shine On" – reeditado com nova roupagem. O substituto de Bickers, Simon Walker, tem passagem rápida pelo projecto, dando lugar a Simon Mawby.



Até o fim dos The House of Love, em 1994, ainda haveriam de ser compostos dois novos discos (se esquecermos "Spy in the House of Love" – uma recolha de lados B): "Babe Rainbow" (que procurava ser uma resposta a "Screamadelica" dos Primal Scream) e "Audience with the Mind" (o menos bem recebido de todos), corria o ano de 1993.

Onze anos, ONZE (!) longos anos depois estão de volta. O primeiro single "Love You Too Much" ("Skies Alive" no lado B) foi lançado no início do ano.

"Days Run Away" é a segunda oportunidade, talvez a última, para um projecto que roubou o nome a uma das obras de Annaïs Nin. Como muito apropriadamente titulou o jornal The Guardian numa entrevista à dupla Chadwick/Bickers, "You only live twice".

Os The House of Love são, conclui o periódico britânico, "um exemplo do que pode correr mal quando bandas jovens são queimadas pelas expectativas. Chadwick viu a história repetir-se com os Stone Roses e, mais recentemente, com os Libertines, enquanto Bickers sugere que deveria haver uma espécie de ‘rede de apoio’ a bandas colocadas sob os holofotes". Mas, ambos, é claro, apreciam uma segunda oportunidade e Bickers promete, desta vez, "não queimar dinheiro" (como o fez há quase quinze anos numa tourné do grupo). A questão é saber se desta haverá ou não dinheiro para queimar.

O futuro volta a ser promissor.


Ligações:
http://www.thehouseoflove.co.uk/
http://www.artandindustry.co.uk/
http://hem.passagen.se/nyholm/hol.html
os cinco

Esta semana vote em:

- Deep Dish - "Say Hello" ("George is On"). Clique em jukebox e, depois de aberta, no tema "Say Hello".

- Flaming Lips - "Mr. Ambulance Driver" ("At War With The Mistics"). Depois de abrir a página clicar no separador "video" e escolher o tema "Mr. Ambulance Driver". É o single de lançamento do novo álbum desta fantástica banda.

- The The - "Boiling Point" ("Naked Self"). Aqui podem ouvir a discografia oficial completa da banda de Matt Johnson. Para o que nos interessa, escolham o álbum "Naked Self" e a faixa de arranque.

- Ellen Allien - "Goldundliebe". Entram no sítio da germânica e clicam sobre "mp3 downloads", abre-se uma nova janela com dois temas para descarregar, incluindo este "Goldundliebe".

- Miss Kittin - "Professional Distortion" ("Mixing Me"). Pode ouvir na íntegra o EP da artista, lançado ainda este ano. "Mixing Me" arranca precisamente com "Professional Distortion". Para isso, deve, depois de abrir a página clicar na opção ao fundo.
House of Love vencem a primeira edição de os cinco.

"Love You Too Much" foi a canção mais votada, seguida de perto por "Ooh La La" (Goldfrapp). Os Go! Team com o fantástico "Hurdle Formation" obtiveram apenas um voto. Antony and The Johnsons e Arcade Fire ficaram em branco. Vamos ver se esta semana há mais votos. Os candidatos seguem dentro de momentos, assim como o prometido destaque sobre os britânicos The House of Love.

terça-feira, outubro 18, 2005

A votação para os cinco está a tornar-se interessante: Goldfrapp lidera com dois votos, Go! Team e House of Love têm um voto cada, já Antony and The Johnsons e Arcade Fire ainda estão em branco. Que é feito dos seus fãs? Votem! A votação termina sexta-feira.

quinta-feira, outubro 13, 2005

os cinco

Esta semana vote (questionário à direita) em:


- The House of Love - "Love You Too Much" ("Days Run Away"). Para ouvir o tema (e, se gostar, o resto do álbum) entre na página e clique em audio.
- Goldfrapp - "
Ooh La La" ("Supernature").
- Go! Team - "
Huddle Formation" ("Thunder Lightning Strike"). Depois de abrir a página, entrar no disco mencionado e clicar no tema.
- Antony and The Johnsons - "
Hope There's Someone" ("I Am a Bird Now").
- The Arcade Fire - "
Rebellion (Lies)" ("Funeral"). Acesso ao videoclip no sítio da MTV.



os cinco

Outra nova rubrica convidará os nossos leitores/ouvintes a participarem. Será uma espécie de top das selecções que todas as semanas aqui deixaremos. Cinco bandas, cinco temas para serem votados. As ligações para os servidores onde as faixas podem ser escutadas serão colocadas neste blogue, depois de ouvirem (convém fazê-lo primeiro!) podem votar na da vossa preferência. Com base nas vossas escolhas divulgaremos na semana seguinte mais pormenores acerca do projecto que se classifique em primeiro lugar.

E como podem votar? É simples. Basta responder ao questionário que aparecerá à direita, nesta página.

terça-feira, outubro 11, 2005

ao ouvido

Esta rubrica dará a conhecer aos leitores deste blogue e ouvintes do podcast as nossas escolhas musicais extra-mutantes, ou seja, toda a música que andamos a escutar e que ainda não conseguimos colocar no programa (ou por falta de tempo de emissão ou por uma questão de direitos de autor). Colocaremos ligações para os projectos destacados.
Aí está mais uma edição semanal do nosso podcast. Esta emissão centra-se na easy listening dos anos sessenta, incluindo uma versão bem estranha de uma composição de Dvorak (EUA, Itália e França), passa pela world music (Índia e Turquia), pela música experimental e electrónica (EUA).

Boa escuta!

terça-feira, outubro 04, 2005

Mais vale tarde que nunca. Na propagação das nossas ondas sonoras pela internet, fica aqui um agradecimento ao Duarte Velez Grilo, responsável pelo Blitzkrieg Bop, pela divulgação feita ao mutantes. O podcast deste senhor foi um dos primeiros, senão mesmo o primeiro, a surgir em Portugal. Quanto mais não fosse, só por isso já seria de louvar.
Problemas a que somos alheios atrasaram a colocação na rede do mutantes nº3. Mas, ultrapassados, pelo menos para já, os empecilhos técnicos do servidor, a terceira edição aqui está.

O mutantes nº4 será "publicado" este sábado, caso não regressem os problemas que afectaram o blipmedia.org.

sábado, outubro 01, 2005

O podcast número três está pronto. Infelizmente, devido ao tempo em que o blogger esteve ontem em manutenção e às dificuldades em aceder, por motivos técnicos, ao servidor em que alojamos o "mutantes", ainda não foi possível colocá-lo na rede. Esperemos que a situação seja resolvida brevemente.

Para aguçar o apetite, posso dizer que o número três vai continuar em ritmos bastante electrónicos, mas sempre diversificados quer em termos de estilo, quer em proveniências geográficas (Finlândia, Austrália, Alemanha, etc.).
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